Simile

Simile

Um símile é uma figura retórica que consiste em comparar dois termos ou conceitos semelhantes ou que compartilham alguma característica. Os termos estão ligados a um nexo comparativo como "semelhante a", "como", "como" ou "como", que marca a diferença entre o símile e a metáfora, uma vez que a metáfora não possui esse nexo.

Exemplos

Existem vários símiles no poema "Triunfo do amor", de Vicente Aleixandre, como podemos ver nesses fragmentos:

A lua brilha entre o vento de outono
no céu parecendo uma dor muito sofrida
[… ]
A lua como uma mão
lida com a injustiça que a beleza usa,
seus dons sobre o mundo
[… ]
Quando um corpo adorava;
permanecendo ereto em sua nudez, ele brilha como pedra,
como a pedra dura que os beijos acendem.
Olha a boca Até dia relâmpago
eles cruzam um lindo rosto, um céu em que os olhos
eles não são sombra, cílios, enganos enganosos,
mas a brisa de um ar que corre pelo meu corpo
como um eco de juncos espetados cantando
contra as águas vivas, azul de beijos.
[… ]
É a água que beija alguns pés adorados, como um mistério escondido na noite vencida.

Pablo Neruda usa o símile mais de uma vez em seu poema "Nude":

Nu você é tão simples como uma de suas mãos:
Suave, terrestre, mínimo, redondo, transparente.
Você tem linhas lunares, caminhos de maçã.
Nua, você é magro como trigo nu.

Nu você é azul como a noite em Cuba:
Você tem vinhas e estrelas no seu cabelo.
Nu você é redondo e amarelo
como o verão em uma igreja de ouro.
Nu você é tão pequeno quanto uma das suas unhas:
curva, sutil, rosa até o dia nascer
e você entra no metrô do mundo
como em um longo túnel de trajes e empregos:
sua clareza se extingue, vestidos, desfolhados
e novamente é uma mão nua novamente.